Composição florística, estrutura e endemismo da componente lenhosa da floresta de Huashapamba, Loja, Equador

Resumo

As florestas andinas são ecossistemas diversos e altamente valorizados, é necessário caracterizar os seus recursos para a sua gestão. Para este efeito, foi estudada uma parcela permanente na floresta andina de Huashapamba, com o objetivo de determinar a composição, a estrutura e o endemismo da componente lenhosa. Foi instalada uma parcela permanente de 1 hectare, que foi dividida em 25 subquadrantes de 400 m²; o diâmetro (1,30) e a altura de todos os indivíduos ≥ 5 cm foram registados. Composição florística, endemismo, índice de Shannon, densidade, abundância, frequência, dominância e índice de valor de importância foram determinados; área basal, volume por espécie e estrutura de diâmetro foram também calculados. Cinquenta e quatro espécies foram registadas dentro de 39 géneros, 27 famílias e seis espécies endémicas. A área basal era de 30,24 m2 ha-1 e o volume era de 215,86 m3 ha-1. De acordo com o índice de Shannon, a diversidade é média (3,10). As espécies com maior densidade são Cyathea caracasana, Hedyosmun scabrum e Verbesina lloensis, que são também as mais abundantes. Cyathea caracasana, Hedyosmun scabrum e Solanum goniocaulon são as espécies mais frequentes na floresta; e, Cyathea caracasana, Clethra revoluta e Schefflera acuminata são as espécies dominantes. As espécies com a IVI mais elevada são: Cyathea caracasana, Clethra revoluta e Hedyosmun scabrum. As classes de diâmetro refletem um "J" invertido característico da recuperação das florestas. No perfil vertical, são observados três estratos: dominante, codominante e dominado. O remanescente florestal andino estudado é uma amostra representativa da diversidade florística deste tipo de floresta, o que justifica a sua conservação sob alguma categoria de gestão.