Potencial de carbono no estrato arbóreo de uma floresta de planície sempreverde, Sucumbíos-Ecuador

Resumo

O presente estudo visou determinar o potencial de carbono acumulado no estrato arbóreo de uma floresta Sempreverde de terras baixas na Reserva de Produção de Vida Selvagem de Cuyabeno. Foi estabelecido um conglomerado de um hectare, subdividido em 25 unidades de amostragem de 20 x 20 m. A composição florística, o índice de importância ecológica a nível da família e da espécie, a biomassa aérea foram determinados através de equações alométricas, o valor da importância da biomassa e o potencial de carbono armazenado no estrato arbóreo. Foi determinado que a floresta na área de estudo armazena 392,1 ± 2,35 Mg ha-1 de biomassa e 196,05 ± 1,17 Mg C ha-1 em 685 ind. ha-1. Com D1,30≥ 10 cm distribuídos em 13 ordens, 19 famílias, 35 géneros 43 espécies. As famílias com o maior número de espécies foram Fabacea, Moraceae, Lauraceae, entre as famílias que armazenam a maior quantidade de carbono que se destacaram: Lauraceae (35,6 ± 0,7 Mg ha-1), Chrysobalanaceae (34,5 ± 5,3 Mg ha-1), Fabaceae (23,6 ± 0,52 Mg ha-1), Sapotaceae (22,6 ± 0,6 Mg ha-1), Arecaceae (21,99 ± 0,25 Mg ha-1) que acumulam 70,4 % de carbono retido na biomassa aérea florestal. A acumulação de biomassa é determinada pela idade de cada biótipo presente na floresta, pela densidade da sua madeira e pela abundância de indivíduos. De acordo com a sua estrutura, é evidente que a biomassa se auto reabastece no processo de desenvolvimento com tendência para o crescimento, produtividade da biomassa e sequestro de carbono.